segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Capital humano; o que é afinal de contas?

No post de hoje gostaria de discutir o que alguns teóricos contemporâneos querem dizer quando afirmam que o capital humano é um dos ativos mais valiosos no mercado hoje em dia.

Uma das concepções mais atualizadas em relação à gestão de pessoas — área da administração que trata da maneira como as organizações gerenciam seus funcionários — diz respeito à aplicação de um modelo participativo de administração, no qual os próprios colaboradores da empresa são chamados a contribuir para o processo criativo e de melhoria contínua em busca dos objetivos da organização. O que se entende por capital humano, neste contexto, é na verdade o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes que as pessoas detêm, e que usam em prol do bom funcionamento da organização.

É por isso que as empresas estão tão exigentes em relação ao perfil das pessoas que contratam como empregados ou prestadores de serviço. Porque compreendem que a partir de agora as pessoas serão o cerne de todo o movimento que as permitirá permanecer verdadeiramente competitivas.

E sabe de uma coisa, as organizações estão ávidas por encontrar estas pessoas, e principalmente por conquistá-las! Em outras palavras: VOCÊ é o capital humano!

Sempre se ouve falar agora, em revistas especializadas, que a maior dificuldade das empresas, além de encontrar gente capaz para compor seus quadros, é conseguir manter os melhores profissionais que já contrataram, porque estes são disputados à tapa pela concorrência, por serem (ainda) raros!

Talvez você não tenha percebido, mas existe uma grande novidade aí:

Ora, o modelo do capitalismo tradicional sempre valorizou o aporte de dinheiro (capital financeiro), como fonte propulsora do desenvolvimento capaz de levar as empresas a obter o sucesso. Quem tinha dinheiro fazia as coisas acontecerem. Agora, o que está acontecendo é que o dinheiro, embora continue necessário, não é mais a única, nem mesmo a principal fonte de vantagem competitiva das empresas mais ousadas. O capital financeiro já não é mais a grande mola que impulsiona o desenvolvimento, e sim o capital humano.

Com um milhão de reais, mas sem uma idéia boa, não se faz muita coisa no mundo de hoje. Agora, com uma idéia excelente e atitude empreendedora qualquer um pode encontrar investidores que estejam dispostos a colocar muito mais que isso em um negócio, ou ajudar sua empresa a fazer bons negócios. A questão decisiva agora, não é apenas “ter dinheiro para fazer”; e sim ter cérebro para descobrir “o que é para ser feito”.

E em um ambiente no qual o importante é ter idéias e fazer as coisas bem feitas o conhecimento torna-se muitíssimo mais valorizado que o dinheiro apenas. É isto que tem causado uma mudança enorme na maneira como as organizações buscam as pessoas, e principalmente na maneira como se relacionam com elas.

Porque é possível à empresa ser dona de prédios, carros, computadores e máquinas, mas ela não pode ser dona da cabeça das pessoas. E como não podem “possuir” os funcionários, resta às empresas cada vez mais agradar a eles, que constituem o seu maior patrimônio, seu capital mais imprescindível.

Isto simplesmente inverte a lógica tradicional do capitalismo, vira tudo ao avesso e abre um enorme leque de oportunidades para as pessoas que sejam mesmo capazes e ousem trabalhar nestes novos tempos. A mesa virou, e quem tem competência, muito mais do que quem tem dinheiro, está por cima.

O mundo agora é dos que sabem e fazem, não mais dos que têm! Ou seja, trabalho existe, e muito, mas ainda são poucos os que se adaptaram à nova maneira de exercê-lo. E você, já se adaptou?

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