segunda-feira, 18 de junho de 2012

Doze Homens e uma Sentença



O filme "Doze Homens e uma Sentença" nos expõe, de forma lúcida, como um bom trabalho pode ser importante e até como um instrumento fundamental na análise jurídica.

O filme em referência, que se passa inteiramente no interior da sala do juri de um Tribunal americano, na cidade de Nova York, tem apenas a sua cena inicial ainda na sala de audiências, quando o Juiz, de forma clara, orienta aos doze jurados para a regra básica a ser por eles utilizada para a definição do veredicto, o qual poderia conduzir o réu à pena de morte pelo crime de homicídio, contra o seu próprio pai. Os jurados só deveriam condenar ou absolver o réu quando tivessem certeza do veredicto e, em caso de dúvida ou discordância quanto a sua culpa ou inocência, deveria se utilizar do bom senso e fazer com que prevalecesse a inocência, até que existisse unanimidade de veredictos entre todos os doze jurados.

O que o juiz quis dizer é muito simples: precisa-se ter certeza para se condenar ou absolver um indivíduo, para que não se cometa injustiças e condene-se um inocente ou se absolva um culpado. Ambos os veredictos seriam injustos: a condenação injusta, seria cruel para com o réu, ao lhe ser privado o direito de viver, por um crime que ele não foi responsável; já a absolvição indevida seria injusta para com a sociedade, colocando-a em risco ao absolver um elemento perigoso, liberando-o indevida e prematuramente para o convívio social.

Para tanto, contudo, far-se-á necessário que o juri responsável se certifique de todas as circunstâncias atenuantes e agravantes, que observe atentamente todas as provas e analise criteriosamente todos os testemunhos e indícios, o que, em essência, traduz-se por ser uma análise evolutiva.

Decerto, ao juri não caberá proceder a uma análise  de um texto, de um livro ou de um filme, mas sim de um processo judicial, onde caberá aos jurados exprimir um veredicto final quanto à culpabilidade ou inocência do réu e, em se tratando de Tribunais de alguns Estados americanos, esta sentença que será proferida pelo juiz, com base no veredicto do juri, poderá definir pela pena de morte – o que seria o caso, no filme em questão.

Já recolhidos à sala do juri, os doze jurados seguiram o procedimento padrão, quando fizeram uma votação preliminar, antes mesmo de discutir quaisquer aspectos, apenas para conhecer o entendimento prévio de cada um e, somados, de todos eles, no seu conjunto. E surge a surpresa não esperada por onze dos jurados, quando apenas um deles declarou entender ser inocente o réu. E, em seguida, fez este jurado questão de salientar que ele não tinha certeza da inocência do réu; mas que também não estava convicto quanto a sua culpa, pelo assassinato do seu próprio pai.

A despeito dos atritos ocorridos entre os jurados, naquela sala do juri, iremos nos ater à análise  com a qual esse jurado discordante, que aqui chamaremos de “Oitavo Jurado”, buscou conduzir a investigação para a apuração das provas, indícios que demonstrassem e/ou comprovassem possibilidade de culpa e/ou de inocência.

O “Oitavo Jurado” apresenta aos demais onze membros do juri a necessidade de se analisar  cada uma das provas apresentadas pela promotoria, cada um dos detalhes dos depoimentos prestados por cada uma das testemunhas, cada um dos fatos, objetos e circunstâncias ligadas à cena do crime, ao ambiente próximo e interligado à esta cena, além de detalhes mínimos e específicos, particulares e individuais, ligados às próprias testemunhas. E eles se lançam a fazê-lo, passo a passo, como a autopsiar as entranhas de todos e cada um dos elementos que lhes houvera sido apresentado durante o julgamento.

Discutiu-se sobre o tempo em que o trem levava para passar, provocando um imenso barulho, capaz o suficiente de impedir ser crível que uma das testemunhas pudesse assegurar, com certeza, que realmente ouviu ser a voz do réu ameaçar o próprio pai de morte; questionou-se a alegação da promotoria, quanto a questão de ser incomum a faca usada para o crime, baseando-se esta alegação no fato de na loja em que a vítima adquiriu a faca, aquela ser a última do estoque daquela loja, quando o “Oitavo Jurado” consegue provar que o mesmo modelo de faca existia em uma outra loja do mesmo bairro; buscou-se reconstituir o tempo necessário para amparar ou negar a alegação do testemunho do vizinho que, sendo manco de uma perna e estando no seu quarto, sentado à cama no momento do crime, afirmava ter visto o réu, imediatamente após o som do corpo da vítima ter caído no chão, descer as escadas e cruzar com ele, na porta da sua casa; debateu-se a respeito dos possíveis motivos para o lapso de memória do réu, o qual, tendo alegado estar no cinema no momento do crime, não conseguia se lembrar do título do filme ou dos seus atores; reavivou-se na memória dos jurados o fato da testemunha, que morava em frente ao local do crime, mesmo tendo as características marcas físicas, sobre o nariz, adquiridas pelo o uso de óculos, garantir ter visto o assassinato, mesmo tendo um trem passando por entre a sua janela e a janela do crime e estando a referida testemunha deitada à cama – momento em que, estima-se, ninguém utiliza óculos.

O “Oitavo Jurado”, logo de imediato, sente a imensa resistência de quase todos os outros onze jurados, mas rapidamente, um a um, começam a se sentir inseguros quanto ao seu posicionamento inicial de entender ser o réu culpado pelo homicídio do seu próprio pai.

A cada rodada de votação, ao mesmo tempo em que ia sendo ampliada a contagem dos votos de “inocente”, cada um dos próprios jurados conseguiam “ver” de forma diferente o mesmo fato, o mesmo dado, mesma prova, depoimento, circunstância anteriormente analisados, na sala de audiência. Sob óticas diferentes, um mesmo objeto ou fato pode ser “visto” por ângulos, por prismas diferentes. Um provável inicial veredicto de culpado passa a ser lentamente transformado em um veredicto de inocente, não apenas pela simples mudança dos vocábulos, de substantivos, mas sim de entendimento do significado real de cada fato, cada dado, prova, depoimento, circunstância anteriormente analisado.

Os jurados se permitiram passar a exercitar a sua capacidade de enxergar por detrás do que antes eles próprios haviam analisado. E essa capacidade se deve, unicamente, à disposição por não se ater ao significado frio, puro e simples, das palavras, dos dados, provas, indícios, depoimentos, circunstâncias e, até mesmo, do inconsistente álibi do réu.

Cada um dos depoimentos prestados na sala de audiências, analisados de forma individual, por cada um dos doze jurados, isoladamente, passaram-lhes inicialmente uma impressão absolutamente diferente da que agora lhes imprimia, naquela sala do juri, quando analisados considerando-se o conjunto dos fatos, das provas, depoimentos, circunstâncias, ambiente do crime e, também, do álibi do réu. Ou seja, uma informação isolada apresenta um sentido, um significado diverso do que poderá assumir, quando exposta em um conjunto de outras informações.

Aliás, é assim que funciona com os textos. Quando lemos, simplesmente, as palavras ali grafadas, inicialmente o que se identifica são substantivos, verbos, adjetivos, advérbios, pronomes e conjunções que, devidamente intercaladas com vírgulas, ponto-e-vírgula, pontos de continuação, exclamações, interrogações, reticências e ponto parágrafo, em seu conjunto, escrevem frases. As expressões somente surgem quando se dá a primeira compreensão do sentido daquela frase. Aquela expressão, ao lado de uma e tantas outras, farão surgir os textos.

Leis também são textos, formados por expressões que traduziram frases escritas com palavras, às quais se adiciona o aspecto imperativo, próprio das normas jurídicas.

Com um veredicto, não poderia, jamais, ser diferente. Ressalte-se, contudo, que um veredicto irá fazer a “leitura de trás para frente”, quando fará com que a compreensão, até se chegar ao fato. O detalhe é que a compreensão se dará analisando, primeiramente, a essência da Lei, que determina que o juri deve julgar de forma consciente e convicta, o que somente será possível de refazendo o processo, contudo, no sentido inverso ao da ordem natural dos fatos.

Então, buscando-se provar que o réu era culpado, chegou-se à certeza de sua inocência, utilizando-se os mesmos instrumentos e recursos.

domingo, 17 de junho de 2012

Saber e Fazer




Saber e Fazer

Tem muita gente que acha que o saber por si só garante o sucesso. Há muita gente disposta a se sacrificar financeiramente para adquirir conhecimento facilitado.
Mas será que quem busca o saber deseja mesmo conhecimento? Pode parecer estranho, mas pense por exemplo, na pessoa que paga caro para cursar uma universidade e não comparece a todas as aulas. Pense naquele que se matricula em um curso caro em relação as suas posses e não comparece a todas as sessões, chega atrasado e não faz todos os exercícios propostos.
Pense também naquele que faz vários cursos e não coloca nenhum em prática. O que essas pessoas buscam afinal de contas? É bem provável que boa parte das pessoas que agem assim, estejam mais interessadas no título que receberá (formação), do que nas informações que levarão para a vida.
É preciso ainda considerar que o fato da pessoa tentar parecer interessada, não quer dizer que ela está realmente interessada. Pense, por exemplo, naquele que comparece a todas as sessões do curso, participa dos exercícios propostos e anota quase tudo que ouve. Quantas delas você acha que ao final do evento consultará as suas anotações? Pode ter certeza que são poucas que se interessam de verdade. A maioria provavelmente deposita o material no fundo de uma gaveta ou na prateleira da estante.
A minha experiência de conferencista, coach ou facilitador em treinamento, revela que muitas pessoas confundem ouvir falar, com conhecimento. É mais ou menos assim: você está assistindo uma palestra, o conferencista aborda um assunto e alguém ao seu lado diz: “mas isso eu já sabia”. Muitas vezes a pessoa já ouviu falar, ou leu em algum livro, artigo, jornal e acha que domina o assunto.
É preciso saber que o verdadeiro saber, é mais do que ter ouvido falar. É ter meios e capacidade para transformar a informação em algo mais valioso do que ela própria. Além disso, é preciso ter a consciência de que para vencer na vida, não basta saber, é preciso fazer. É como disse Martyn Lloyd Jones: “Os homens que tentam fazer algo e falham, são infinitamente melhores do que aqueles que tentam fazer nada e conseguem.”
Além disso, tem muita gente que sabe muito e faz pouco. Gente que acha que basta estudar e sentar na frente da televisão que o sucesso chegará pelo controle remoto. Gente que prefere ignorar os ensinamentos de Walt Disney ao revelar que “A melhor maneira de fazer alguma coisa é parar de falar e começar a agir”. Gente assim ainda não descobriu que o sucesso advém da capacidade de transformar o conhecimento em algo que as outras pessoas apreciam.
Então, podemos dizer que o sucesso está mais próximo dos que associam o saber com o fazer, transformando-os no saber fazer algo com maestria. Aquele que de tanto fazer, desenvolveu uma habilidade que causa admiração. Há muitos bons exemplos de pessoas de sucesso que encantaram e encantam o mundo com enormes capacidades de saber fazer.
No entanto, vou concluir este artigo prestando uma homenagem a um ilustre brasileiro, mestre na arte do humor, que acabou de falecer. Estou falando do iluminado Chico Anísio, que tantas alegrias nos proporcionou. Usou como poucos a arte do saber e do fazer, para saber fazer humor da melhor qualidade.
Pense nisso e ótima semana.

Tem muita gente que acha que o saber por si só garante o sucesso. Há muita gente disposta a se sacrificar financeiramente para adquirir conhecimento facilitado.
Mas será que quem busca o saber deseja mesmo conhecimento? Pode parecer estranho, mas pense por exemplo, na pessoa que paga caro para cursar uma universidade e não comparece a todas as aulas. Pense naquele que se matricula em um curso caro em relação as suas posses e não comparece a todas as sessões, chega atrasado e não faz todos os exercícios propostos.
Pense também naquele que faz vários cursos e não coloca nenhum em prática. O que essas pessoas buscam afinal de contas? É bem provável que boa parte das pessoas que agem assim, estejam mais interessadas no título que receberá (formação), do que nas informações que levarão para a vida.
É preciso ainda considerar que o fato da pessoa tentar parecer interessada, não quer dizer que ela está realmente interessada. Pense, por exemplo, naquele que comparece a todas as sessões do curso, participa dos exercícios propostos e anota quase tudo que ouve. Quantas delas você acha que ao final do evento consultará as suas anotações? Pode ter certeza que são poucas que se interessam de verdade. A maioria provavelmente deposita o material no fundo de uma gaveta ou na prateleira da estante.
A minha experiência de professor, getor escolar, secretário escolar, revela que muitas pessoas confundem ouvir falar, com conhecimento. É mais ou menos assim: você está assistindo uma palestra, o conferencista aborda um assunto e alguém ao seu lado diz: “mas isso eu já sabia”. Muitas vezes a pessoa já ouviu falar, ou leu em algum livro, artigo, jornal e acha que domina o assunto.
É preciso saber que o verdadeiro saber, é mais do que ter ouvido falar. É ter meios e capacidade para transformar a informação em algo mais valioso do que ela própria. Além disso, é preciso ter a consciência de que para vencer na vida, não basta saber, é preciso fazer. É como disse Martyn Lloyd Jones: “Os homens que tentam fazer algo e falham, são infinitamente melhores do que aqueles que tentam fazer nada e conseguem.”

terça-feira, 12 de junho de 2012

Pensamentos de Jim Collins



  • 1. Pensamentos que movem as organizações do futuro - Jim Collins- Collins-
  • 2. Jim Collins Uma placa na porta do escritório do americano Jim Collins, autor dos clássicos livros ‘Feitas para Durar’ e ‘Empresas Feitas para Vencer’, deixa claro para o visitante que aquele não é um ambiente de trabalho comum. Em vez de uma tabuleta com seu nome, lê-se a expressão "Chimp Works", algo como "chimpanzé trabalhando". Collins, definitivamente, não é um chimpanzé - embora ache que é um sujeito curioso, assim como os macacos. A irreverência das boas-vindas é um dos sinais de informalidade daquele que é considerado hoje o sucessor legítimo de Peter Drucker, o maior teórico dos negócios em todos os tempos.
  • 3. A Liderança Nível 5 Segundo Jim Collins, há nas empresas hoje três tipos de líderes: os maus, os bons e os excelentes. Os maus obviamente não deveriam existir, pois logo que identificados, deveriam ser retirados do cargo. Os bons são os que fazem seu trabalho, não ajudam muito, mas também não atrapalham. Seguem dia após dia fazendo não mais do que a obrigação. E existem os líderes excelentes – indivíduos que aliam uma tremenda humildade com uma enorme determinação profissional. São líderes que não medem esforços, fazendo o que precisa ser feito para o aprimoramento contínuo da instituição que representam.
  • 4. A Liderança Nível 5 Em seu ‘Empresas Feitas para Vencer’, Jim Collins classificou os líderes empresariais em cinco níveis:•
  •  Nível 5 – Líder Excelente Constrói excelência através da humildade pessoal e determinação profissional
  • .• Nível 4 – Líder Eficiente Tem um alto grau de comprometimento. Tem visão e estimula seus funcionários a produzirem mais.
  • • Nível 3 – Gerente Competente Organiza pessoas e recursos para que os resultados sejam atingidos.
  • • Nível 2 – Membro da Equipe que Contribui Contribui com a sua capacidade individual para que o grupo cresça e seja capaz de alcançar seus objetivos
  • .• Nível 1 – Indivíduo Altamente Capaz Contribui individualmente, através de seu talento, conhecimento e bons hábitos de trabalho.

  • 5. Cinco perguntas rápidas para descobrir se você é um líder do nível 5: 1. Qual é sua maior motivação: ajudar a construir uma organização excelente ou sua própria carreira? 2. O que você prefere: fama, fortuna e/ou poder? Ou construir, criar e contribuir? 3. Quando um projeto é um sucesso, você diz ‘eu’ ou ‘nós’? 4. Quando o projeto é falho, de quem é a culpa? 5. Você está servindo de mentor a alguém que vai substituí-lo?
  • 6. Empresas Feitas para Vencer Good to great, do original em inglês, tem como missão responder a pergunta: o que faz uma empresa deixar de ser uma empresa boa para se tornar uma empresa excelente? Para respondê-la, o autor convocou uma equipe de pesquisadores que se debruçaram sobre números de diversas empresas de capital aberto que tenham crescido muito mais do que a média de mercado e do que suas concorrentes diretas num período de tempo extenso, de mais de 15 anos. As empresas teriam que ser de capital aberto por conta do acesso aos dados. E o período tinha que ser extenso para não ser obra do acaso, ou seja, fruto do trabalho de um CEO inspirado, por exemplo. Os resultados obtidos pelos pesquisadores foram compilados em seis princípios que foram o que o autor chamou de volante do crescimento.
  • 7. Seis Princípios Básicos Os seis princípios são divididos em três segmentos: pessoas disciplinadas, pensamento disciplinado e ação disciplinada. No primeiro está o princípio de ter um líder nível 5 e de ter as pessoas certas no barco, escolhendo primeiro a equipe e depois o que elas vão fazer.
  • 8. Seis Princípios Básicos Em pensamento disciplinado está o princípio de enfrentar a verdade nua e crua, ou seja, não ficar fantasiando nem elaborando programas milagrosos para fugir dos fatos (e isso acontece muito, pelo que mostra a pesquisa). O outro princípio deste segmento é o que ele chamou de conceito do porco-espinho, que vem a ser a interseção entre aquilo que a equipe da empresa ama fazer, aquilo que a empresa é boa o suficiente para fazer e aquilo que move o motor econômico da empresa. Por fim, na ação disciplinada temos a importância da cultura da disciplina e do uso da tecnologia como um acelerador (e não como uma finalidade).
  • 9. Como as Poderosas Caem O mais recente livro de Jim Collins mostra como algumas das mais bem-sucedidas empresas dos Estados Unidos fracassaram – e quais são as cinco fases dessas quedas. 1. Excesso de Confiança Originado pelo Sucesso Empresas poderosas e bem-sucedidas correm o risco de se tornar arrogantes demais. O primeiro passo do declínio é justamente acreditar que o sucesso passado é garantia de um futuro igualmente brilhante. 2. Busca Indisciplinada pelo Crescimento É consequência direta do primeiro estágio. Companhias cegas pelo próprio sucesso buscam crescer a qualquer custo – muitas vezes deixando de lado justamente os fundamentos que as levaram ao topo.
  • 10. Como as Poderosas Caem 3. Negação do Risco Quando os sinais de que alguma coisa não vai bem começam a aparecer, as empresas em declínio simplesmente os ignoram – ou culpam o mercado, a concorrência e até o azar em vez de procurar entender o porquê dos problemas. 4. Corrida pela Salvação No momento em que a crise pela qual passa a empresa pode ser percebida por todos, a companhia busca uma “bala de prata” que possa salvá-la da ruína – uma fusão mágica ou um novo presidente contratado no mercado a peso de ouro. 5. Irrelevância ou Morte Quanto mais tempo uma empresa fica no quarto estágio, mais difícil a sua recuperação. Nesta fase, seu vigor financeiro acabou, suas principais lideranças já debandaram e não há nenhuma estratégia de recuperação à vista. Só lhe resta ser adquirida ou fechar as portas.
  • 11. “A crise obriga as empresas a ter foco. A prosperidade, não.” Jim Collins/

Da Criação Do Líder Ao Líder Criador

 

O líder já nasce pronto ou pode ser desenvolvido? Como se forma um líder? É possível transformar pessoas comuns em líderes? Certamente você já ouviu ou mesmo fez estas e outras perguntas sobre liderança e a criação do líder.

Primeiramente é preciso entender o que é liderança. Na mais exata explicação é a capacidade de liderar, que significa chefiar, governar, dirigir, orientar, estar a frente. Conseqüentemente, líder é aquele que lidera, conduz, que mostra os caminhos e por isso sempre está na frente dos demais. É também aquele que estimula os indivíduos a persistirem na busca de melhores resultados num ambiente de riscos, incertezas e desafios. Para Megginson, Mosley e Pietri, “liderança é um processo de influenciar as atividades individuais e grupais, no estabelecimento e atingimento de metas”. Warren Bennis afirma: “liderança é como a beleza: difícil de definir, mas fácil de reconhecer”.

Os estudos do comportamento humano comprovam que a liderança é uma habilidade inerente aos seres humanos. Ou seja, todos nascemos com a mesma capacidade de liderar. O que vai transformar pessoas comuns em líderes de fato é a associação de diversos fatores, entre eles: o ambiente em que foi criado; estímulos que recebeu durante toda a vida; experiências bem e mal sucedidas; necessidades supridas ou suprimidas; treinamento e conhecimentos adquiridos; entre outros.

Nos últimos anos a essência do papel do líder vem sendo amplamente discutida e questionada. Afinal, qual posicionamento deve ter o líder diante deste cenário de riscos, incertezas e desafios? Como deverá agir?

De certo seu papel deverá ser o de líder criador. Criador de novos cenários onde o sucesso tem lugar garantido. Criador de novas relações onde o respeito a diversidade será a pedra fundamental. Criador de novos líderes que o sucedam. Criador de oportunidades para si mesmo, seus seguidores, clientes e fornecedores. Criador de cidadãos éticos e comprometidos com resultados efetivos.

Para assumir este novo papel é necessária uma revisão na postura atual daqueles que ocupam as funções de liderança nas empresas e nos governos. É preciso desempregar os profissionais e governantes que ocupam a posição, mas não agem como verdadeiros líderes. Precisa-se de gente com coragem para assumir uma postura de dianteira, com iniciativa para assumir os riscos, mas também o senso de acabativa para corrigir o percurso e chegar até a linha final. É necessário demitir as pessoas que atrasam a evolução dos negócios por causa de interesses pessoais ou medo de perder seu lugar e os benefícios que conquistou.

Para ser um líder criador deste novo tempo é preciso ter formação sólida em ética, respeito e integridade. Reunir doses generosas de curiosidade e paixão pelo que faz. Possuir foco nos resultados e nas pessoas, sabendo equilibrar as necessidades da empresa e dos funcionários. Também é necessário ter capacidade acima da média para saber ouvir, para se colocar no lugar do outro e de gerar confiança. Para completar é necessário que tenha coragem para assumir os riscos e os erros que ele próprio poderá cometer e sua equipe também.

As pessoas mais comuns que já conheci possuem muitas destas características. São fortes candidatas a tornarem-se líderes criadores, independentemente de cargos ou títulos. Simplesmente porque assumem uma posição. Nas organizações muitas vezes são confundidas como funcionários problema, pois desafiam o marasmo e a burocracia. O líder criador pode incomodar, mas ele incomoda aqueles que, na contramão do desenvolvimento, buscam somente resultados imediatos e para seu próprio benefício.

A complexidade do comportamento humano e das estruturas organizacionais é o maior desafio para sair do paradigma atual e atingir novas formas de gerir pessoas. O modelo conhecido de liderança, onde manda quem pode e obedece quem tem juízo, ainda é forte em culturas acometidas pelo medo do sucesso, baixo progresso econômico e reduzida formação escolar e investimento em capacitação e treinamento de pessoas. Será que conhecemos algum lugar assim?

Talvez ainda demore mais alguns anos, ou quem sabe décadas, para que possamos finalmente ter mais organizações onde suas lideranças efetivamente atuem como se espera: como líderes criadores. A capacitação e conscientização das pessoas, são fortes aliados para a melhoria no nível de liderança de nossos gestores.

Certamente que não podemos generalizar, mas o caminho para a mudança passa pela coragem de empresários, políticos, funcionários, gestores e consultores de difundir e cobrar esta postura e atitude de liderança efetiva, ainda que sejamos os únicos

sábado, 2 de junho de 2012

OS 12 MAIORES ATRIBUTOS DA LIDERANÇA



"Liderança" é um tema que vem sendo discutido desde os mais remotos tempos pelo homem. Ser líder, formar líderes, parece ser um desafio constante do homem e das organizações. Aqui vão alguns resultados de pesquisa feitas na Europa com mais de 500 executivos de todos os tipos de industria. Essa pesquisa é muito interessante. Ela mostra coisas simples, objetivas e fornece conselhos úteis para todos nós que desejamos vencer, alcançar o sucesso pessoal e profissional.
Espero que a leitura atenta destas descobertas e seus comentários possam trazer benefícios reais aos leitores.
DISPOSIÇÃO PARA TENTAR O QUE NÃO FOI TENTADO ANTES
Nenhum empregado deseja ser guiado por um administrador a
quem falte coragem e autoconfiança. É o estilo de liderança positiva aquele eu ousa nas tarefas e se vale de oportunidade não tentadas anteriormente.
Um Gerente de Vendas bem sucedido irá às ruas e venderá junto com seus vendedores quando o mercado está difícil ou quando o pessoal de vendas encontrar-se sob extrema pressão. Tal gerente sabe que se arrisca a tornar-se impopular. Contudo, ao liderar pelo exemplo, manterá a motivação da equipe.

AUTO MOTIVAÇÃO



O Gerente que não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser capaz de motivar os outros.

UMA PERCEPÇÃO AGUDA DO QUE É JUSTO
Esta é uma grande qualidade de um líder eficaz e a fim de ter o respeito da equipe, o gerente deve ser sensível ao que é direito e justo. O estilo de liderança segundo o qual todos são tratados de forma justa e igual sempre cria uma sensação de segurança. Isso é extremamente construtivo e um grande fator de nivelamento.

PLANOS DEFINIDOS
 
O líder motivado sempre tem objetivos claros e definidos e planejou a realização de seus objetivos. Ele planeja o trabalho e depois trabalha o seu plano coma participação de seus subordinados.

PERSEVERANÇA NAS DECISÕES

O gerente que vacila no processo decisório mostra que não está certo de si mesmo, ao passo que um líder eficaz decide depois de ter feito suficientes considerações preliminares sobre o problema. Ele considera mesmo a possibilidade de a decisão que está sendo tomada vir a se revelar errada.

Muitas pessoas que tomam decisões erram algumas vezes. Entretanto, isto não diminui o respeito que os seguidores têm por elas. Sejamos realistas: um gerente pode tomar decisões certas, mas um líder eficaz decide e mostra sua convicção e crença na decisão ao manter-se fiel a ela, sabendo, no entanto, reconhecer quando erra. Assim, seu pessoal tem força para sustentar aquela decisão junto com o gerente.

O HÁBITO DE FAZER MAIS DO QUE AQUILO PELO QUAL SE É PAGO
Um dos ônus da liderança é a disposição para fazer mais do que é exigido do pessoal. O gerente que chega antes dos empregados e que deixa o serviço depois deles é um exemplo deste atributo de liderança.
UMA PERSONALIDADE POSITIVA
As pessoas respeitam tal qualidade. Ela inspira confiança e também constrói e mantém uma equipe com entusiasmo.
EMPATIA
O líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar de seu pessoal, de ser capaz de ver o mundo pelo lado das outras pessoas. Ele não precisa concordar com essa visão, mas deve ser capaz de entender como as pessoas se sentem e compreender seus pontos de vista.
DOMÍNIO DOS DETALHES
O líder bem sucedido entende e executa cada detalhe do seu trabalho e, é evidente, dispõe de conhecimento e habilidade para dominar as responsabilidades inerentes à sua posição.

DISPOSIÇÃO PARA ASSUMIR PLENA RESPONSABILIDADE
Outros ônus da liderança é assumir responsabilidade pelos erros de seus seguidores. Caso um subalterno cometa um erro, talvez por incompetência, o líder deve considerar que foi ele quem falhou. Se o líder tentar mudar a direção dessa responsabilidade, não continuará liderando e dará insegurança a seus seguidores. O clichê do líder é: "A
responsabilidade é minha".
DUPLICAÇÃO
O líder de sucesso está sempre procurando maneiras de espelhar suas habilidades em outras pessoas. Dessa forma ele faz os outros evoluírem e é capaz de "estar em muitos lugares diferentes ao mesmo tempo".
Talvez este seja um dos maiores atributos de um líder: ser capaz de desenvolver outros lideres. Pode-se julgar um líder pelo número de pessoas em que ele refletiu os seus talentos e fez evoluir.

UMA PROFUNDA CRENÇA EM SEUS PRINCÍPIOS
A expressão "A menos que batalhemos por alguma causa, nos deixaremos levar por qualquer causa" resume bem a importância de ter-se uma causa pela qual valha a pena viver e trabalhar. Nada cuja aquisição tenha valor é muito fácil. O líder de sucesso tem a determinação de atingir objetivos não importando os obstáculos que surjam pelo caminho. Ele acredita no que está fazendo com a determinação de batalhar por sua realização.
Minha sugestão é a de que você leia uma, duas ou três vezes cada um desses atributos e medite cada um deles à luz de sua própria realidade como um profissional que tem a função de gerenciar, comandar, liderar pessoas. Detenha-se sobre cada um dos atributos e dê a você mesmo uma nota de zero a 10 em cada um deles, fazendo um propósito de auto–aperfeiçoamento. Repita essa auto-avaliação semanalmente.