Que eu tenha consciência de que liderança não é um cargo, mas uma escolha, e que hoje, eu escolha liderar e influenciar positivamente a vida dos que estão ao meu redor. Que as minhas atitudes falem mais alto que minhas palavras. Que eu tenha graça e sabedoria para agir com justiça. Que a pressão do dia a dia não me faça esquecer que sou responsável pelo bem-estar daqueles que lidero. Que eu aprenda com as críticas, que tenha bons amigos, e que eles me ajudem a enxergar meus pontos cegos, para que eu possa melhorar como ser humano e líder. Que o meu ego não me domine, e que minhas ações não derivem da arrogância, mas do espírito de serviço. Que eu trabalhe para refinar o modo como penso, e aprenda a cultivar a arte de estar presente e próximo daqueles que estão à minha volta. Quando alguém falhar ou me desapontar, que eu consiga abordá-lo de maneira positiva, apoiando-o em seu desenvolvimento. Que eu valorize os dons do pensamento, fomentando a criatividade, para que eu possa ajudar a enriquecer o novo com o que se extrai do velho. Que eu aprenda a ouvir, que seja sábio para encorajar as pessoas com palavras de afirmação e um olhar apreciativo, que eu conheça o valor da dignidade, e que aprecie a importância de uma boa pergunta. Que eu tenha a capacidade de enxergar além das fronteiras da visão comum. Que a minha liderança seja uma aventura real de crescimento, tanto para mim como para todos os que estão ao meu redor, e assim possa contribuir para a construção de um mundo melhor.
O mestre conduz seu discípulo pela floresta, caminhando com agilidade e firmeza, enquanto o discípulo tropeça, escorrega e cai durante boa parte do percurso. A cada tombo, o discípulo xinga, blasfema e chuta o chão traiçoeiro, mas continua acompanhando seu mestre. Depois de muito caminhar, o mestre simplesmente dá meia volta e começa a viagem de volta. O discípulo, revoltado, comenta: – Mestre, você não me ensinou nada hoje! – Eu tentei ensinar, mas você não quis aprender. Estou tentando lhe ensinar como se lida com as adversidades da vida – respondeu o mestre. – Ah, é? E como deveria ser? – perguntou o discípulo. – Da mesma maneira que deveria lidar com seus tombos. Em vez de ficar xingando e amaldiçoando o lugar onde caiu, devia descobrir aquilo que te fez escorregar, e trabalhar para que isso não o derrube novamente.
Entre o estímulo e a resposta, há um espaço. Nesse espaço se localizam a liberdade e o poder de mudar nossa resposta, e nessas escolhas se encontram as possibilidades de crescimento e felicidade. Adversidades, dificuldades e revezes são inevitáveis, mas a maneira que lidamos com cada uma dessas situações é uma escolha pessoal. Entre qualquer coisa que tenha acontecido ou esteja acontecendo a você, e sua resposta a essa situação, há um espaço em que você tem o poder e a liberdade de escolher a resposta, e estas vão governar seu crescimento e sua felicidade. Contudo, é interessante perceber que, em muitas situações, aquilo que nos permitiria crescer e experimentar a verdadeira alegria e realização, é justamente o que a maioria de nós passa a vida tentando evitar. Para muitos, é mais fácil reclamar das situações, das pessoas e da falta de sorte, do que enfrentar a realidade, sair da zona de conforto, e trabalhar para conquistar o que deseja. Podemos encarar as adversidades como problemas, e rejeitá-las, ou aceitá-las como desafios, que nos permitirão encontrar a sabedoria que necessitamos para nos tornarmos o tipo de pessoa que desejamos ser; isso se chama resiliência, uma das principais características de um líder, por isso, deixo duas perguntas simples, porém poderosas, para você usar em momentos de adversidade, com você mesmo, e com sua equipe:
- Reclamar ajuda? Culpar alguém ajuda?
- O que você pode fazer para ajudar a resolver ou melhorar a situação?
Nenhum obstáculo será grande, se a sua vontade de vencer for maior