Num grande aquário haviam peixes de vários tipos e tamanhos. Na parte de cima do aquário estavam os peixes grandes, que se alimentavam primeiro quando a comida caía na água, e por isso, estavam sempre satisfeitos. Na parte intermediária do aquário ficavam os peixes médios, que se alimentavam daquilo que os peixes grandes não comiam, e apesar de não haver comida suficiente para que pudessem ficar grandes, eles se sentiam satisfeitos. Finalmente, na parte de baixo estavam os pequenos peixes, onde a comida que lhes sobrava era suficiente apenas para mantê-los vivos.
Neste ambiente nasceu um peixinho que não se conformava com aquela situação, e começou a nadar por todo o aquário na esperança de encontrar algo que o ajudasse a mudar aquele quadro. Um dia ele encontrou um pequeno buraco, por onde decidiu entrar para ver aonde ele o levaria, e encontrou um fio de água que o levou a um ralo, do ralo ele caiu em um encanamento, que finalmente o levou a um rio. Era um lugar maravilhoso; não faltava comida e tinha espaço suficiente para nadar para onde quisesse.
Mas o peixinho então pensou em seus amigos do aquário e resolveu fazer o caminho de volta para contar a respeito do lugar maravilhoso que havia encontrado. Quando chegou ao aquário e falou a todos sobre o lugar maravilhoso que havia encontrado, todos ficaram curiosos e conversaram sobre o que deveriam fazer para chegar a esse local. Foi quando o peixinho sugeriu:
- Bem, os peixes grandes da parte de cima terão de vir para a parte de baixo, para perderem peso e assim poderem passar pelo pequeno buraco. Os peixes do meio deverão se alimentar menos, para que perder um pouco mais de peso. Já os peixes de baixo, deverão alimentar-se um pouco mais para ganhar força e energia para seguir viagem.
Depois de muita discussão, os peixes grandes e médios tomaram uma decisão: “Não vamos arriscar. Preferimos ficar por aqui”.
O peixinho então, triste, viajou novamente pelo pequeno buraco e chegou ao rio, onde encontrou novos amigos, e um lugar muito melhor para viver.
Nesta simples estória, podemos encontrar lições preciosas de liderança:
- Não é preciso estar no topo para liderar: Liderança é influência, e para influenciar não é preciso ser chefe. Influencie de onde você está, fazendo o seu melhor.
- Nem sempre as boas ideias vêm do topo
: Certos líderes sofrem da “síndrome de Deus”, e acham que só eles têm ideias e conhecem as respostas. Como diz o filósofo Mario Sergio Cortella, quanto maior o estoque de conhecimento, maiores as chances de resolução de problemas e surgimento de boas ideias. Portanto, ao escutar (verdadeiramente) as sugestões e ideias da equipe, o líder aumenta exponencialmente o nível de comprometimento das pessoas e a possibilidade de resolução de problemas. - Não existe evolução sem mudança
: Poucos se dispõem a deixar sua “zona de conforto” para conquistar o que desejam, por isso, uma das principais responsabilidades do líder é conduzir as pessoas para fora da zona de conforto, porque é lá que está a mudança, o crescimento e a evolução. Pense em coisas que você realmente deseja em sua vida. Pensou? Agora responda sinceramente: Você está fazendo tudo o que está ao seu alcance para conquistá-las? - Não reclame do ambiente, mude-o: Se você não está feliz em algum lugar, faça o que estiver ao seu alcance para influenciá-lo e melhorá-lo, e se por fim ainda estiver insatisfeito, em vez de reclamar, mude para um lugar onde você se sinta melhor.
- O futuro é um presente: Futuro não é um lugar para onde estamos indo, mas o lugar que estamos construindo. Nosso presente é consequencia do que fizemos (ou não fizemos) no passado, assim como nosso futuro será determinado (se não totalmente, pelo menos boa parte dele) pelo que fizermos no presente. Portanto, o futuro é um presente que você dá a si mesmo.
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